Resumo: Dentro ou fora do âmbito acadêmico, as ideias sobre os indígenas no Brasil quase sempre excluem os seus nomes próprios para representá-los como coletividade, como povo. Falar em autobiografias ou em biografias indígenas ainda é estar diante de um assunto pouco investigado, tanto no campo das nossas Letras, quanto no campo da Etnologia indígena. Todavia, desde o início do processo de retomada das suas terras, os indígenas vêm produzindo uma série de narrativas autobiográficas, demonstrando como esse fazer textual, tradicionalmente vinculado à formação do indivíduo ocidental, pode ser constituído e reapropriado em diferentes traduções ameríndias. É na esteira desse cenário que pretendo apresentar uma discussão sobre essas produções, analisando o que dizem as suas assinaturas coletivas e como os seus nomes próprios são construídos e significam em nome do grupo.

Palavras-chaves:  Povos
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