Jairo Saw Munduruku é um historiador, ativista e liderança indígena do povo Munduruku.
Jairo afirma que o rio Tapajós é sagrado, não apenas para o povo Munduruku, mas também para os peixes, para a floresta, para as comunidades que vivem em suas margens e para a vida e manutenção da humanidade como um todo, por conta disso, dedica grande parte do seu ativismo à problemática das construções de barragens em terras indígenas, através da mobilização de diversas ações contra esses empreendimentos. Em suas ações, Jairo contraria a ideia de que a construção das barragens é parte do desenvolvimento econômico do país, para demostrar como a ideia sócio-econômica de aceleração do crescimento do Estado brasileiro promove a autodestruição do território nacional e da vida coletiva.
Jairo é da aldeia Sawre Aboy, terra Munduruku, quinta geração dos Munduruku a viverem nessa área. Jairo preza por seu território e pela importância do rio Tapajós para a sobrevivência de seus parentes, afirmando que ele é o berço de onde seu povo surgiu: “[…] é onde os espíritos dos antepassados se encontram, mesmo que nós seres humanos não enxergamos eles estão ali. A gente ouve o som de tabocas, o som de flautas, são pessoas que não enxergamos porque estão do outro lado do mundo, do outro lado da vida, mas que tentam se comunicar pra dizer que estão vivos”. Por essas questões, Jairo incansavelmente luta pelos direitos dos Munduruku e a preservação de seus territórios e rios, locais onde seus antepassados ainda vivem.
Para saber mais sobre Jairo Saw Munduruku, acesse:
https://cimi.org.br/wp-content/uploads/2017/11/Porantim-390_Nov-2016.pdf
http://www2.ufopa.edu.br/ufopa/noticias/2015/fevereiro/povo-munduruku-passado.-presente…-futuro-1
https://cartasindigenasaobrasil.com.br/cartas/de-jairo-munduruku-para-o-brasil-04-de-maio-de-2015/
http://novosdebates.abant.org.br/wp-content/uploads/2021/02/4.NP_.BarbaraDias.pdf