Boa Vista, 28 de novembro de 2015.
O Conselho Indígena de Roraima (CIR), organização de defesa dos direitos dos povos indígenas de Roraima, vem manifestar o seu posicionamento a respeito do andamento das obras do Linhão de Tucuruí, conforme a Carta de Anuência da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), assinada pelo Presidente João Pedro Gonçalves da Costa, nesta quarta-feira, 25.
Primeiramente, o CIR destaca que não se manifesta em nome do povo indígena Waimiri-Atroari, considerando que os mesmos têm autonomia e forma de organização social e política diferenciada para manifestar-se sobre o assunto.
Outra questão, a organização indígena não é contra a energia elétrica, apenas tem atuado para que o processo seja realizado de forma coerente e transparente, com respeito ao direito de consulta aos povos indígenas e sem causar impactos à vida das comunidades indígenas que porventura sejam alvos de grandes empreendimentos como este.
Por fim, se aceitam ou não a passagem do Linhão de Tucuruí dentro da Terra Indígena Waimiri-Atroari, esse posicionamento é unicamente do povo indígena Waimiri-Atroari, considerando que a maior parte do território fica na jurisdição do estado do Amazonas e não de Roraima.
Sem mais, o Conselho Indígena de Roraima (CIR) deseja que os procedimentos necessários sejam tomados sem que haja nenhum impacto drástico, assim como foi há séculos passados com a construção da BR 174, onde muitas vidas indígenas foram ceifadas em nome do ‘desenvolvimento econômico da Amazônia’.
Conselho Indígena de Roraima – CIR